segunda-feira, 1 de abril de 2013

A Verdadeira Páscoa

A verdadeira Páscoa
Êxodo 12:1-14;21-28
1. INTRODUÇÃO
A palavra Páscoa vem do hebraico  que dizer “passagem”. Significava que o anjo da morte que viria fazer justiça, matando os primogênitos do Egito, passaria por cima da casa dos israelitas e o mal não lhe atingiria. Assim, a celebração da Páscoa tornou-se uma recordação anual de como Deus libertou o seu povo da escravidão no Egito. Anualmente, eles fariam uma pausa para recordar o dia em que o Anjo destruidor poupou suas casas e agradeceriam a Deus por salvá-los da morte e liberta-los da escravidão.
Para o crente, a Páscoa é símbolo da passagem de uma vida de pecado, onde o homem está distante de Deus, para uma nova vida na presença de Cristo. Nós crentes também tivemos o nosso dia de libertação quando fomos salvos da morte espiritual e da escravidão do pecado.
Os Judeus ficaram cerca de 400 anos em regime de escravidão. Quando partiram, eram 600 mil homens, sem contar mulheres e crianças. Foram aproximadamente 2 milhões de pessoas, que saíram do Egito e caminharam 40 anos num árido e difícil deserto rumo a liberdade.
2. Vamos ver o que envolvia a verdadeira Páscoa 
3.1 O Cordeiro(v.5)
“…será sem defeito…”. O povo deveria escolher um cordeiro perfeito que simbolizasse a perfeição de tudo que Deus realiza.
Tinha que ser o melhor cordeiro, o mais saudável. Será que estamos oferecendo para Deus o melhor? O sacrifício de Abel foi aceito, porque foi o melhor e foi realizado com fé.
Queremos que Deus aceite nossas orações e resolva todos os nossos problemas. Porém, muitas vezes não temos a mesma disposição para ser fiéis a Deus  vindo regularmente a Igreja, orando, sendo dizimistas comprometidos com a obra.
Abel ofereceu o melhor sacrifício e foi aprovado por Deus. Abraão ofereceu o melhor que tinha a Deus: o seu filho.
Deus ofereceu o que tinha de melhor para nós. O seu único filho. Acerca de Jesus, João Exclamou: “Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.”  Jo. 1:29.  A páscoa nos lembra, que Deus enviou o seu único filho ao mundo e o entregou por nós, para que morrendo em nosso lugar fossemos salvos. Se Deus é capaz de fazer o melhor por nós, sejamos capazes de fazer o mesmo por Ele.
Foi o que fez Maria, de Betânia. Jesus estava na casa de Simão, quando ela trouxe um vaso de alabastro com preciosíssimo perfume de nardo puro; e, quebrando o vaso, derramou o bálsamo sobre a cabeça de Jesus. Alguns se indignaram, pois acharam que era um desperdício, pois se tratava de um perfume valioso (cujo custo importava em mais de 300 dias de trabalho); e murmuravam contra ela. Mas Jesus disse: “Deixai-a; por que a molestais? Ela praticou boa ação para comigo”. E acrescentou: “Em verdade vos digo: onde for pregado em todo o mundo o evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua”. (Mc 14.3-9)
Jamais ofereça a Deus nada menos que o seu melhor, mesmo que aos olhos humanos possa parecer insignificante. Pois o valor do que você coloca nas mãos de Deus é decorrente da sua atitude. Uma atitude generosa faz toda a diferença e move a mão de Deus para abençoar a muitos.
Você está oferecendo o seu melhor para Deus?
3.2 O Sangue(v.7)
“Pegarão um pouco de sangue e o passarão nos batentes dos lados e cima das portas das casas onde os animais vão ser comidos”.
Deus mandou que o sangue fosse colocado em toda porta onde houvesse uma família de judeus. A marca do sangue do cordeiro impediria a atuação do mal naquelas casas. E de fato, onde estava a marca do sangue, não houve morte, nem destruição.
Nós necessitamos da marca do sangue em nossas vidas. I Jo.1:7 diz: “O sangue de Jesus Cristo seu filho, nos purifica de todo o pecado.” No sangue de Cristo, encontramos o perdão para nossos pecados.
O sangue do cordeiro, é símbolo de uma aliança que Deus estabelece conosco, que nunca será rompida.(“…o sangue da nova aliança…”Mt. 26:28). Nenhuma situação da vida, poderá quebrar a nossa aliança com Deus. As vezes, somos tentados a achar que nossa aliança com Deus, pode ser quebrada. Mas, a nossa aliança no sangue de Cristo, é inquebrável.
Aprenda a pronunciar a frase: “O sangue de Jesus Cristo tem poder”. Há poder neste sangue.
3.3 Pães asmos(v.8)
O pão asmo era um pão sem fermento, exclusivo para a semana da Páscoa. Os judeus acreditavam que o fermento era símbolo de contaminação, por isso, os Pães asmos simbolizavam pureza, e nos lembram a santidade e a pureza da Igreja de Cristo.
Em muitas circunstâncias o Diabo fermenta a Igreja com divisões, conflitos, falsas doutrinas. Ou então fermenta a família com brigas, discórdia. Ou até mesmo a nossa vida, com desânimo, frieza espiritual.
Lancemos fora todo o fermento que vem do maligno. Ira, mágoa, inveja, raiva descontrolada, palavras torpes, fofoca, críticas injustas, calúnias, São o fermento maligno que devemos rejeitar em nome de Jesus.
Quando lançamos fora o fermento velho, que vem do mal, então experimentamos um novo pão. Este pão,  desceu do céu. Jesus diz: “Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim, não terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede.”(Jo.6:35)  E mais: “Se alguém comer deste pão viverá para sempre”(Jo.6:51).
3.4 As ervas amargas(v.8)
As ervas amargas simbolizavam os sofrimentos e dificuldade do povo no cativeiro. Aos serem usadas, elas lembravam que a vida dos judeus era amarga no Egito. Lembram a vida amarga que tiveram no passado.
As ervas amargas nos lembram que a a vida do homem sem Deus é amargosa, cheia de fardos pesados.
Lembre-se que uma raíz de amargura tira o sabor do prazer de viver, e assim, aos poucos, o desejo de vencer desaparece, a alegria se transforma em tristeza, as pessoas ficam sem forças para agir e ter iniciativas, os sonhos são sepultados em cavernas sombrias, o vigor de dias melhores se enfraquecem, a esperança é sufocada. O coração amargurado é sustentado por pensamentos e sensações de derrota.
Porém, devemos lembrar que a obra salvadora do Senhor cura toda amargura. E assim, o nosso passado já foi derrotado na cruz. E agora, nós vivemos em Cristo.
4. CONCLUSÃO
I Cor. 5:7 diz: “Cristo, a nossa Páscoa, foi sacrificado por nós.” Por isso, nós temos que agradecer a Deus por tudo que Jesus tem proporcionado para nós. Jesus realizou por você e por mim o maior ato de sacrificio que um homem poderia realizar na história. Assim todo sacrificio que fizermos por Ele ainda é pequeno.
Como eu disse no início, todos nós tivemos o nosso dia de libertação do Egito. Fomos livres do pecado. Nós experimentamos o cumprimento da promessa de Jesus de João 8:36: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” Assim, a ceia do Senhor é a nossa páscoa por nos lembrar da nova vida e libertação que alcançamos em Cristo. Dá próxima vez que você enfrentar lutas, lembre-se de como Deus o libertou no passado e recorde acerca da promessa de uma nova vida que você tem com Cristo.



Que Deus Abençoe sua Semana
                                                                                                                  Pr Marcos Salomão